Nunca me imaginara a desviar menores... como esses tipos que são corridos dos jardins públicos, de aspecto sempre duvidoso, pouco firmes nas canelas, explicando que a miúda tinha o vestido sujo e eles estavam a sacudir-lhe o pó...
Mas agora, tenho de admitir que Marcelle, com o seu corpo pequeno e glabro, me excita. Não pelo facto de ela ser uma criança, mas porque é uma criança sem inocência... olha-se dentro dos olhos e vê-se o monstro sabido, sombra da experiência... está deitada sobre as minhas pernas e comprime o sexo contra os meus dedos... e os seus olhos gozam pela minha hesitação. Belisco-lhe as pernas esguias, com a palma da mão cubro-lhe as nádegas palpitantes... o corpo ainda mantém a redondez e a imaturidade da infância. É uma mulher em miniatura, um modelo ainda incompleto. Tem o sexo húmido... Gosta quando lhe titilo... apalpa-me a frente das calças procurando o pénis... assusto-me quando os seus dedos se introduzem pela braguilha. Agarro-lhe o braço... mas ela já encontrou a mata de pêlos. Prende-me o casaco e aperta-se tanto contra mim que a não consigo afastar do meu membro viril e ela começa a brincar com ele... bom, vai encontrá-lo teso...
Henry Miller, Opus Pistorum
1 comentário:
Curioso descobrir este grande blog e este livro no mesmo dia. E eu que pensava que era um dia mau.
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