um blog de rrose e luís

18.7.08

59

Eles estavam a fazer um amor muito quente, muito louco, muito passional. Estava escuro, estava calor, as gotículas de suor cobriam os corpos e os rostos. Ela odiava o suor. O suor, a ela, enojava de uma forma muito profunda, muito esmagadora. Eles estavam a fazer um amor muito quente muito louco e muito passional quando ela, sentada sobre o imponente mastro do seu homem, lhe vomitou na cara, no peito, na barriga. Ele, em inebriada confusão, afastou-a de si e procurou o interruptor do candeeiro de mesa enquanto ela embatia no chão violentamente. Ele gritou "sua puta, sua porca do caralho, sua vaca de merda". Ela, humilhada, sentindo que lhe faltava a compreensão do único que ela esperava compreendê-la sempre, fervilhando de indignação, abriu a gaveta da mesa do seu lado da cama, pegou na tesoura e atirou-se a ele cravando-lha no pescoço. Ele caiu e ela cravou a tesoura no coração. Ele morreu. Ela permaneceu inerte sobre ele durante uns momentos. Ele disse "porra, que este gajo tem que pôr sempre o pessoal a matar-se enquanto fode, hein?". Ela, com o coração a bater-lhe, forte, no peito, levantou-se gritando "ah, o morto fala!".

Sem comentários: